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Mateus Cabot (1993)
Nasci em Campinas, interior de São Paulo de onde saí aos 17 e nunca mais voltei. Sou filho de mãe professora e o mais novo de seis irmãos. Com o vaivém da vida, tenho oito irmãos ao total.
Meu signo é de Leão e esse é um dos poucos signos de fogo no meu mapa, bem no sol. De resto é terra, terra, terra... salvo a danada vênus que, no meu caso e de muitos desafortunados, é em Câncer. Já sofri mais com isso, hoje aceito. Mas quem disse que não dói?
Para além da astrologia, que não sou muito sabido, meu negócio mesmo é a bruxaria. Amo contar que, quando tinha por volta de 12 ou menos anos, abri uma caixa no fundo de um armário da casa do meu pai e ali encontrei clássicos do paganismo. Caminho sem volta e essa é a minha trajetória desde então. Do baralho cigano, a carta do Caminho é a minha preferida. Conto em mais detalhes essa história da caixa misteriosa no prefácio do meu primeiro livro: Bruxaria em Poesia - basta de teólogos! nós queremos poetas - publicado em 2022 pela Editora Ascenção, fundada por ex-alunos da UFRRJ, baixada fluminense, onde fui estudar quando saí aos 17.
Lá passei pela Letras e logo depois Comunicação, onde me encontrei. Desde sempre e provavelmente por inspiração da minha mãe professora de português, encontrei no texto uma morada e espaço seguro para manter meus pensamentos em ordem. Só agora depois dos 30 com a terapia e o tal do tdah é que descobri que a velocidade com que meu cérebro processa, calcula, significa, absorve, expele e faz tudo isso de novo e de novo talvez seja um ritmo um pouco incomum. Na época, o texto era a ferramenta que eu tinha.
Foi na universidade que fiz amigos do audiovisual e com quem produzi alguns dos trabalhos que encontra aqui, mas também foi lá onde minha fé ganhou braços e pernas com amigos-irmãos-de-fé que levo comigo até hoje. Fundei o Círculo Pagão da UFRRJ, um grupo de extensão registrado (como gosto de reforçar), e minha caminhada nunca mais foi a mesma. O documentário Três Faces da Deusa coroou esse momento tão bonito da minha vida.
De lá pra cá circulei pelo Rio e com a bruxaria muitos outros estados, eventos e ambientes online também. Já rolou podcasts, rituais, trabalhos acadêmicos e muitas palestras que deram público ou não. O fato é que, apesar de circular, é na bruxaria que eu volto sempre. Falar sobre bruxaria, trocar, mostrar que existe, fazer arte com ela... essa é minha missão.
Mas também tenho outras paixões: o cinema, a libras, a sociologia, música... tenho uma porção de letras engavetadas que um dia devem sair do papel com o auxílio da minha guitarra rosa (será?). Certas coisas eu entrego aos deuses.
Por ora, quero escrever meu segundo livro e meu corpo esperneia para voltar para a terra, floresta e cachoeiras.

Com carinho,
Mateus.
17/12/24 - 17:50
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